segunda-feira, 24 de novembro de 2008

O que é meu não é seu – mas pode ser


O primeiro livro que me causou angústia foi 1933 foi um ano ruim, do escritor norte-americano John Fante. A primeira música que me fez chorar - apesar de ser uma alegria só - foi Penny Lane, dos Beatles. O primeiro filme que me mostrou que a estupidez pode ser genial foi O Balconista, do Kevin Smith.
Basicamente, sou um homem angustiado, emotivo e estúpido. Na real, todo mundo é angustiado, emotivo e estúpido. Só as razões é que diferem. A famigerada particularidade.

Tenho um amigo. O nome dele é Flávio. A mãe o chama de Frávio. Nós o chamamos de Falcão. Falcão nasceu no interior de São Paulo, em Piracicaba. Falcão tirava foto sem camisa, só de cueca e colocava no Orkut. Falcão retocava o rosto cheio de espinhas no Photoshop para não queimar o seu filme com as garotas. Falcão fazia sessões de strip-tease na frente da web can. Falcão sonha em se tornar um ator pornô. Ele diz que o seu pinto mede 21 cm. O ator predileto de Falcão – tirando o mega star da pornografia Rocco Siffredi, que é hour concour – é o ex-lutador de luta livre The Rock.

Vicente nasceu pobre. Desde criança percebeu que preferia os meninos às meninas. A sua mãe era cega. Não porque não sabia de nada. Era cega porque não sabia que o céu era azul. Era cega porque não sabia o que era azul. Era cega porque nunca se viu no espelho. Era, porque se foi. Vicente virou bombeiro. Conheceu o mundo. Tornou-se um grande desenhista. Fez amigos na Itália. Fez amigos na Suécia. Fez amigos na África. Fez amigos em Vicente de Carvalho. Conhece a vida de Carmen Miranda como poucos. Conhece a minha mãe como poucos. Vicente é meu tio. Mas Vicente não é o meu tio de sangue. Embora eu o considere mais meu tio do que qualquer tio que tenha o meu sangue.

Aos nove anos de idade, Pietra ainda não tinha os incisivos centrais. Os dentes da frente. Imagine a Mônica sem a protuberância. Pronto. Pietra parecia uma indiazinha quando pequena. Mas Pietra cresceu rápido. Sempre a última da fila. A gostosona da turma. Pietra tem uma cicatriz na parte de dentro do tornozelo esquerdo. Tudo por culpa de um garoto. Decepção seguida de atropelamento. Duas cirurgias, sete pinos, seis meses engessada e a recompensa de se apaixonar doze anos depois: por mim.

Uns preferem tirar para colocar. Outros preferem fugir para se encontrar. Alguns não percebem que precisam sofrer para se apaixonar: por si mesmo, pela vida ou por alguém. Particularidades.







segunda-feira, 17 de novembro de 2008

A Praia (a minha, não do Alex Garland, muito menos a do Ian Mcewan

Acordar. Trocar de cama. Beijinhos e abraços matinais. O que era fofinho vira sacanagem. Não gosto quando acaba a sacanagem, quero mais, sou tarado. Minha namorada toma banho. Eu tento invadir o banheiro. Ela trancou a porta. Ela sai enrolada na toalha. Arremeto sobre ela. Ela foge e diz que talvez ela precise cortar o meu pinto. Me sinto o Michael Douglas. Vou para o banho. Saio do banho direto para a privada. Escorrego o moreno. Ou os morenos. Me troco. Ela já tá trocada mas não tá pronta. Escova no cabelo e liga o secador e arruma a franja: “Nossa, minha franja está horrível.” O cabelo dela é lindo. A cor, o comprimento, a forma como ele realça todo o rosto dela e ela faz questão de criticá-lo todo o santo dia. Será que a Jennifer Connelly não gosta da cor dos seus olhos? Será que a Scarlett Johansson está pensando seriamente em diminuir o tamanho daquelas enormes e suculentas tetas? (Que vulgar, tetas, não é? Sou um príncipe, não posso dizer uma coisa dessas.) Então ela vai ao refeitório e eu a acompanho só para fazer companhia mesmo. Ela pega mamão e suco de caju e faz um sanduíche de presunto com queijo e pega leite e coloca três colheres de Nescau e mexe a colher dentro da caneca e o barulho é tlec tlec tlec... Levantamos, vamos até o quarto e fuço dentro da minha mochila e arranco lá de dentro um pacote de bolacha recheada de chocolate Passatempo e abro o frigobar e pego uma Coca Ligth e digo como sempre digo e direi enquanto tiver saúde para expressar exaustivamente essa frase sem graça: “É o café dos campeões!”. Saímos do quarto, está um puta sol e desde que chegamos aqui não choveu e parece que não irá chover tão cedo. Vamos para o centro, à cidade, ao encontro do povo. Depois do primeiro dia, no qual voltamos a pé para a pousada, excluímos da nossa atividade atlética o único e solitário quesito: caminhar. Vamos de carro. Além de mais rápido, ainda podemos cantar “I Am The Walrus” inteira e metade de “Penny Lane” ou “Penny Lane” inteira e metade de “A Day In The Life” ou “A Day In The Life” inteira e metade do som dos pássaros e dos carros ou das pessoas porque a minha namorada já cansou de tanto “I Am The Walrus” e “Penny Lane” e “A Day In The Life”.
Estaciono sempre no mesmo lugar, em frente à praia feia, não, o nome da praia não é praia feia, é que ela é feia mesmo, toda praia é um inferno, o inferno é a praia, quer coisa mais repugnante do que ficar sob um sol de quarenta graus e se queimar todo e um bando de vendedores gritando no seu ouvido e batendo a porra da merda daquele arame na tábua e aí você se suja todo de areia e vai ao mar e o sal existente na água salga toda a pele e tira todo o gosmento protetor solar e ainda imerso na água você imagina o trabalho que dará ter que passar a merda daquele protetor solar novamente e você sai da água e a sua namorada ou a sua mãe - depende com quem você vai à praia - besunta aquela porcaria industrializada que provavelmente deve ser mais nociva do que o próprio sol e passa nas suas costas e no seu rosto e no peito e no braço e você permanece molhado e aquilo começa a grudar na pele e depois lembram de ter esquecido a toalha em casa ou no hotel ou na pousada ou no camping – depende se você mora na praia, não dentro, mas perto; depende da classe social que você faz parte, ou do seu estilo de vida, às vezes você é rico, mas se rebelou contra o sistema e gosta de acampar e curtir a natureza e parar de tomar banho e parar de lavar o rabo ou deixar mãos peludas alheias lavarem o seu rabo – e você está todo encharcado daquela água nojenta cheia de fezes e musgo e sangue de peixes mortos e urina podre e o sol inclemente bate nas costas e o protetor solar é quinze porque a sua namorada ou mãe ou amiga ou amante ou namorado – desculpa, mas não sei bem quem está lendo este texto – não é altruísta o bastante e nem suficientemente inteligente para intuir que você não é nada brasileiro, principalmente de espírito, e parece mais um urso polar manso porém mal-humorado, às vezes brincalhão, sobretudo quando está tomando uma cerveja em um local fechado e frio, e precisa de um protetor solar número trinta, quarenta, cinqüenta mil, e você sabe que a imaginação é inimiga da perfeição e quando está tudo mais que perfeito é que a imaginação está mentindo pra você, e então você começa a imaginar a insônia que você terá devido à ardência insuportável que as suas costas – parecem chamas, parecem chamas, fogo!, fogo!, fogo! -, os seus braços, o seu rosto, todo todo todo o seu corpo irá sofrer depois de passar algumas horas sendo tostado pelo sol e para cagar um pouco mais a situação a sua namorada ou a sua mãe ou o seu amante ou o seu amigo, colorido ou não, ou a sua avó ou o seu irmão ou o seu dinossauro o informa que, embora a praia esteja linda, a vida é bela, as crianças já dizem mamãe, o vovô já se curou da hemorróida, esquecemos de trazer à praia o guarda-sol e tá tanto calor, tanto calor, você pensa até em morrer, começa a sentir saudades do Alaska para o qual você nunca foi, começa a xingar o Brasil por ser um país tropical e calorento e chega à inevitável e infeliz conclusão de que você precisa entrar mais uma vez no mar para se refrescar só um pouquinho, porque nesse calor não dá, não dá mesmo, não dá pra respirar, sorrir, viver... E você sai correndo que nem uma gazela bicolor e cai de barriga na água e mete a boca sem querer em um pedaço de fezes extirpado do ânus de uma criança cheia de brotoejas e você brada em direção aos céus, urra em direção ao sol da mesma forma que urra o lobo em direção à lua cheia, e o sal de novo está impregnado no seu corpo e o calor piora vertiginosamente e o sol queima e queima, “não, não precisa acender o cigarro no isqueiro, pode acender nas minhas costas, caralho!”, e você não quer mais protetor solar, não quer mais praia, não quer ver mais gostosas de biquíni sorridentes, pessoas despencando do banana-boat, vendedores gritando, vendedores vestidos de Pokemon naquele puta calor, “Deus, como será que eles conseguem”, não quer mais cerveja, tira esse limão daqui, não tem guarda sol, não tem guarda sol, eu não posso, não, eu não posso deitar na areia, mas deita, deita molhado para fuder com tudo e principalmente com você, e a água gruda na areia que gruda na água que vira lama que entra em contato com o sol e com a pele e com a bunda e você já se transformou em um bife à milanesa e está empanado e se encontra pronto para morrer!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Sobre Santos e Demônios - a crítica cinematográfica não precisa se perpetuar no seu insosso tratado filosófico hermeticamente imbecil


Sente a vibe. A positividade da vibe positiva. As bolhas nascendo sob os seus pés. A inevitabilidade do saudosismo. A marofa da maconha fritando os neurônios de algum fã do Ney Matogrosso. Pode ser também do Planta e Raiz. Pode encontrar aquele cara em algum ritual da Bola de Neve. Ouvirá histórias do muleke brother do surf que traficava ecstasy prum bando de playboy lá na Ponta da Praia e agora, graças ao senhor antes de tudo, e também graças ao ex-cliente, ex-viciado em crack, ex-cleptomaníaco e ex-vândalo que pichava desgostos sob a vista grossa dos magricelas novos ricos que, indiretamente, estão envolvidos com o entretenimento de todos nós, encontrou o caminho da salvação seguindo os passos do Jesus Cristinho. É familiar a história do menino de classe-média de olhos claros e cabelos lisos queimados pelo sol e pela parafina que foi encontrado sem a cabeça e com o corpo imerso no fundo do rio com as costas cravejadas por três tiros de calibre doze? – quem viu conta que dava para ver realmente atravéeeeeessss dele. Lá se pode encontrar também o homem que tomou tanto tiro que ficou conhecido como Peneira. O rapaz que teve que fugir de madrugada da cidade por ter sido flagrado em um vídeo pornô sendo sodomizado enquanto mordia o tronco grosso de uma árvore centenária. O garotinho que teve o rosto deformado pelo fogo e que é municipalmente conhecido como Churrasquinho. O retardado que jogou uma cobra de borracha, “só quis brincar, porra!”, sobre uma mulher grávida que acabou perdendo o bebê meses depois. O menino que perdeu a vida por causa de uma vida. O menino que perdeu a vida por causa de uma pipa. O menino que perdeu a vida e a pipa. O menino que perdeu a vida por causa de uma mina. O menino que perdeu a pica. O menino que perdeu a pipa, o pai, a mãe, os irmãos, o sorriso, o namorado, a virgindade anal, mas que ainda não perdeu a vida nem a pica que não se encaixou bem para o seu gosto pleno de heterofobia. “Me alembro duns mininu que vinha até aqui na locadora alugá ‘Instintu Selvage’ purque num tinha idade para alugá fita de sacanagi.” Falava-se mixa. Dizia-se (ainda se diz) fita. Puli ou pule. Cagibrina ou Catirela. “A minha prima disse que o cara que mora no 715 é mó ‘bomba fofo’”. Há anos existia um cumprimento diferente, um toque - “um toca aqui, tá ligado?” – para cada bairro diferente. Havia uma padaria que era o ponto de encontro de todos os jovens da cidade. Dava pra se embriagar dentro do “ainda único” shopping e esperar ser expulso pelos seguranças. Dava pra ver as minas bêbadas mijando na praia. Olha que às vezes ocorria a situação (ou o clamor) em que os garotos tiravam (não havia força, havia até colaboração) as calças das meninas e cheiravam as suas calcinhas e pediam para elas chuparem o pau deles e algumas chupavam, outras não, outras falavam “que nojo”, outras saiam correndo, gritando, havia certa alegria ninfomaníaca naqueles rostos, outras mordiam o pau dos caras e os deixavam sangrando estatelados na areia áspera do arrependimento. Jovens ficavam na rua até tarde, andando de skate, magros pela ausência de cerveja, pinga!, pinga!, pinga!, gin!, lançando bicicletas desprovidas de quem as conduzisse nos cruzamentos atolados de carros a 80 Km por alguns segundos, caia pra 70, caia a noite e chegava a 120, alguns sem os faróis ligados, a brincadeira da roleta-russa que nunca acabou em tragédia, não havia radares tendenciosos, bafômetros inexoráveis, havia muros para serem derrubados, pneus para serem gastos, encontros em postos de gasolina a serem explorados, porta-malas a serem abertos, sons para serem exteriorizados, desafiados, madrugadas para serem perdidas em frente à televisão, zapeando imagens oleosas da Flipside Video de tantas batatas fritas com gosto de isopor. Ainda continua vivo o cachorro chamado Sabbath? O que é melhor: hardcore melódico ou old school? New York Hardcore ou Venice Beach Hardcore? Jello Biafra ou Ian Mackaye? Beastie Boys ou Wu - Tang Clan? 7 Seconds ou Black Flag? Metallica ou Pantera? NOFX ou Pennywise? A ala A do lado B do prédio C responde: “NOFX, lógico.” AC/DC ou Guns And Roses?
O currículo consta somente que ele jogou Nintendo a vida toda e namorou a menina que acreditava que o mundo era reto. A biografia denuncia de maneira pungente que ele adquiriu autoconhecimento quando se apaixonou perdidamente e ficou perdidamente perdido por ter perdido objeto de sua paixão. A história de vida mostra que ele roubou a namorada de um cara que reconquistou a namorada que ele havia roubado reconquistando assim a namorada que antes era do cara depois dele depois do cara e agora de novo dele provocando uma fúria cega no cara que anos depois inexplicavelmente o acabou salvando da morte o segurando quando o corrimão de ferro cedeu e todas as pessoas caíram e seis pessoas morreram esmagadas pisoteadas afogadas sem o auxílio da água e ele (o cara que havia perdido a primeira vez) que havia perdido recuperado perdido e jurado que seria eternamente inimigo do homem que roubou o seu amor “por enquanto” para sempre provou que animal que se julga indelevelmente ferido acaba por acabar a ceder à bondade inerente característica dos falsos homens durões que mesmo traídos salvam a vida dos seus inimigos.
Santos e Demônios é isso. Saudades multifacetadas, arrependimentos inevitáveis e reencontro com a dor.
O pouco de você que existia no passado. O pouco de todos nós que existe hoje.

PS: Não se perdia tempo analisando o quão estupidamente estúpidos iríamos nos achar no futuro por passarmos graxa no rosto e cuspirmos na própria cara. Na nossa própria, sem sócios, cara!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Brasil: Terra em que Mallu Magalhães é rainha, Kanye West é plebeu e Alex Atala, ahã, punk


“Ela é tão gostosa e eu sou tão pobre.” Bem que esta frase poderia ter saído da boca de John Fante. Contudo, ela foi proferida por alguém bem menos célebre e muito menos genial: Guilherme, o meu infame amigo Calafrango, pobre terceiromundista médio que gosta de Merlot e garotas escandinavas. Nem preciso dizer que ele jamais provou um Merlot e muito menos uma garota escandinava. Calafrango é o protótipo do tarado parcamente assalariado com complexo de Hugh Hefner. O cara que acha que merece ter sangue azul mas já se acostumou com insosso sabor do Sangue de Boi.
Creio que muitas pessoas nessa multifacetada república varonil carregam o mesmo fardo no coração. No meu caso, por exemplo, ele se manifesta na temporada de festivais nacionais com atrações internacionais. Quem mandou gostar de Bob Dylan e Kanye West e só ter bala para assistir ao show do Biafra, sem banda de apoio, nas bodas de prata de sua tia Consórcio (péssimo nome e péssimo gosto, Biafra no playback)?
Li o que escreveram. Escreveram que o show do Kanye West foi péssimo. E quem escreveu escutou o CD da Mallu Magalhães e achou bom. Então chego à tenebrosa conclusão que em terra onde Mallu Magalhães é rainha e Kanye West é plebeu, Alex Atala deve ser punk!
Impossível ir ao show. O valor de duzentos e cinqüenta reais está fora da realidade de qualquer pessoa com o mínimo de senso crítico (e com o mínimo de salário mínimo). Sei que dinheiro é só dinheiro. Mas existem premências que só o dinheiro é capaz de comprar. Gasolina, cerveja, o novo laptop, viajar cinco horas à nova morada da namorada, livros, DVD’s, cerveja...
As mentes geradoras do TIM Festival superestimaram o sucesso das outras edições e subestimaram as carências do público. Há dois anos atrás, no Rio de Janeiro, paguei sessenta reais para assistir às apresentações do Beastie Boy’s, DJ Shadow e Instituto. Saldo: tendas lotadas, pessoas felizes, público mais tolerante quanto à qualidade do som, cervejas consumidas em demasia, meninas mais assanhadas, sexo à vista (para os outros, lógico) e momentos inesquecíveis a contar à província (aqui) e respectivamente aos amigos provincianos.
Entretanto, neste ano, baseado, com extensas ressalvas, nas confissões da crítica neo-indie, o que se viu foi um imenso vácuo. Entre artista e público (pessoas que conversavam durante os shows sem se importar com o esforço do artista que tocava para uma audiência caracterizada em sua maioria pelo trivial defeito adquirido em vida de possuir no lugar do cérebro o mais fétido entulho cognitivo); entre organização e público (o público, em sua maioria, reconheceu que não era o fim do mundo, mas o fim do mês, e decidiu não comparecer); entre organização e organização (há uma terceira organização chamada (des)organização); entre os credenciados apreciadores de electrorocktransformista e os diletantes sem padrinhos (bom gosto é o gosto de que gosta de alguma coisa. Gosto não se discute, qualidade, sim. Se um fã de Tchakabum considerar Tortoise uma merda, ele é burro. Se há alguém que considera Peter Doherty um gênio, ele é o Lúcio Ribeiro).
Quem sabe no próximo ano a coisa muda de figura, mas não de preço. Então teremos que comer a mulher do nosso irmão, roubar o negócio da família, matar o nosso traficante, matar a nossa mãe e fuder com a vida do nosso pai para podermos ter dinheiro para curtir o show-retorno do Dismemberment Plan (imagina, Daniel, imagina, cara, só imagina, porque é o máximo que nós podemos fazer) no Tim Festival.
(Se não entendeu, assista Antes Que O Diabo Saiba Que Você Está Morto.)

QVAALV (Quando você acha que acabou, lá vem!) : O que vocês acham da organização do Tim Festival convidar o Bolinho, agora vegetariano - haja árvore para manter esse corpinho brilhantemente esculpido pela mesma dieta que assassinou John Candy - para dar um basta nessa bagunça desnorteada e organizar a próxima edição do festival?