“Momentos mágicos. Momentos para os quais atribuímos valor muitos momentos depois de chegarmos à conclusão que a vida nos dará pouquíssimas chances de concretizar momentos como esses. Sem responsabilidades à espreita. Sem horários pré-estabelecidos. Sem cortes desconfortáveis em bolos de casamento e filhos engatinhando. Sem excesso de gordura no abdômen. Sem smokings, convites de casamento e degustação de champagne por formalidade. Sem o veredicto agourento de que perdemos a sintonia das nossas expectativas.” Trecho do livro Fim do Mim Segundo Mundo, de Arno Palumbo, editora Bafo de Cebolitos
Aos 23, eu já devia ter terminado a faculdade. Aos 23, eu ainda estava começando a faculdade. E precisava arranjar um jeito de voltar a fazer sexo. E ainda alimentava o desejo de fazer sexo com duas mulheres ao mesmo tempo. E ansiava fazer sexo com uma mulher acima dos 35 anos de idade. E torcia para que se realizasse o sonho de comer uma professora – mesmo que fosse de Kumon. E aquela púbere e impetuosa perversão de ter uma empregada gostosa e comê-la enquanto ela esfregava um pedaço de Bombril na panela de pressão ainda resistia no meu âmago. E não seria nada mau se uma mina da faculdade aceitasse numa boa transar comigo no banheiro do quarto andar no horário da aula de Teoria do Jornalismo. E me perguntava quando teria coragem de experimentar alguma droga ilícita.
Sete anos depois de arquitetar esta triste constatação de uma vida ausente de vivência, o que posso dizer hoje é que só falta comer duas mulheres ao mesmo tempo, comer uma mulher acima dos 35 anos de idade, comer uma professora (mesmo de Kumon), ter uma empregada gostosa e comê-la enquanto ela esfrega um pedaço de Bombril na panela de pressão, e comer qualquer menina em qualquer banheiro de qualquer andar de qualquer faculdade no meio de qualquer aula.
Contudo, no que concerne à droga ilícita, foi preciso alcançar o cume do desdém para criar a coragem de consumi-la.
O meu avô era alcoólatra. Muito! Foi o primeiro homem a dar oportunidade a Cauby Peixoto. Vejam só, bêbado porém visionário. Décadas antes de Bruno e Marrone cagar o romantismo etílico o transformando num antro de cornos que se dão ao luxo de espatifar jatinhos, o meu avô literalmente dormia na praça: de paletó e gravata. E o pior de tudo: em Vicente de Carvalho! Hoje ele seria queimado vivo, mas naquela época dormir na praça bêbado era menos nocivo que dormir no jatinho pilotado por Marrone. (Ou foi o Bruno?) Era a década de 50 e o meu avô se chamava Alaor. Alaor, o poeta. Alaor, o seresteiro. Alaor, o agitador cultural. Alaor, o boêmio. Alaor: morreu de cirrose antes de me ver nascer: morreu de cirrose antes de ver a minha mãe crescer para eu poder nascer. Alaor era meio que negão. E essa informação não esclarece por que o meu pau é TÃAAAAAAO pequeno. Como também não esclarece por que eu sou TÃAAAAAAO branco. Mas isso talvez explique por que me gusta ficar TÂAAAAAO BÊBADO! A parada de Alaor era pinga pura e passar o inverno aquecidinho dentro de um saco de batata. Me dê dois engradados de cerveja, um pacote de meio quilo de Amendorato, uma T.V a cabo com mais de 100 canais, uma poltrona reclinável, um par de meias e um cobertor - que eu calo a minha boca! Ou falo sem parar. A minha mãe sempre teve medo. Teve medo que a genética de Alaor devastasse o meu futuro. Eu já fiz muita cagada ao ficar bêbado, mas não irei relatá-las agora porque pretendo relatá-las em outra ocasião (racionamento de assunto). Por ora, assim como Robinho não virou o craque que todos esperavam, eu não virei o alcoólatra a que estava destinado.
Eu sempre subestimei os efeitos das drogas ilícitas e o tamanho sacrifício que elas empreendem por parte dos usuários para serem consumidas. Estamos falando dos anos 90 e o Brasil dos anos 90 tinha Fernando Henrique Cardoso como presidente e ele ainda nem imaginava que um dia estrelaria um filme no qual falaria com desenvoltura em defesa da legalização da maconha. O Planet Hemp nasceu nos anos 90 e o videoclipe de Legalize Já, após a primeira exibição, de madrugada, na MTV, teve a veiculação proibida pela justiça. A censura era como um vampiro: morta, muito velha e muito viva. Os meus amigos naquela época fechavam os vidros do carro e fumavam maconha para ver se eu ficava doidão por tabela: eu nunca fiquei. Depois eles riam sem parar, riam sem parar, riam sem parar: eu estava com fome, queria voltar para casa e assistir Beavis and Butthead para rir sem parar. A cada luz vermelha que refletia nos retrovisores do carro, o medo no semblante de cada um era quase palpável: eu iria apanhar por acompanhar más companhias. Mas eles não eram más companhias. Pelo contrário, eram companhias agradabilíssimas. Contavam ótimas histórias, eram super engraçados, curtiam as mesmas bandas que eu curtia, todos nós tínhamos bandas (alguns se afundaram na poeira, venderam as próprias coisas para sanar dívidas, internaram-se em centros de reabilitação, foram presos por roubo, foram dormir na rua, morreram, estão vivos, sumiram, outros estão hoje em dia meio pirados devido às seqüelas que provém do abuso), alguns faziam parte da mesma banda e, afinal, eram os únicos amigos que tinha. O problema residia no fato de que tinha que me deslocar para o cantão do Guaiúba para poder conversar. Ou para o morro das Astúrias num frio de rachar. Ou ao Bostrô, no Tombo, para reviver a incomodativa sensação de estranho no ninho que sentia quando era o único branco “azedo” de classe-média a fazer parte do time principal do Santa Emília, atual FEBEM.
Então, quando Rocambole nos mostrou aquela trouxinha apinhada de sementes destroçadas de Bonzai, eu pensei: Por que não?
Eu saia com uma mina da faculdade da qual não gostava - e não transava. Eu devorava todos os livros possíveis da Beat Generation - mas não dava a bunda. Eu vi muitos caras feios pegando minas gatas por causa da brisa do beck – um deles possuía um dente removível. Se havia algum fator que me policiava, era o receio de dar certo para dar errado como os meus amigos do passado.
Do grupo, Saulo, Rocambole e Nestor já haviam fumado. Nestor não havia sentido nada: “Nada, cara, nada!”. Saulo era irmão de um dos maiores maconheiros da história do Guarujá: “Aí, UNESCO, salva nóis.”. Falcão era um nazista-peão-metrossexual-narcisista que era capaz de dizer coisas como “maconheiro é tudo vagabundo” e “se eu fosse o prefeito do Guarujá, eu explodiria a favela”. E também falava “anafabeto”, “Carai”, “Barai”, “Atai” (Carai é caralho; Barai é baralho; Atai é atalho). Ele achava que o Jello Biafra, vocalista do Dead Kennedys, era mulher, chamava-se Jennys Biafra e havia estrelado o filme Vinte Mil Léguas Submarinas. Ele achava que a Marilyn Monroe era homem e também havia estrelado Vinte Mil Léguas Submarinas. Ele dizia “eu malho porque vi na T.V que quando a gente malha o nosso corpo solta uma parada chamada... Morfina”. Ou seja, ele era taxativamente contra o Bonde dos Beloteiros e definitivamente burro! (Ele “é” taxativamente, taxativamente, taxativamente, taxativamente contra o Bonde dos Beloteiros. Falcão, a sua traição não passará incólume por estas linhas. Aguardem.) O mais próximo que Telmo chegará de fumar maconha será quando o herói do GTA tiver que fumar maconha para se infiltrar numa gangue rival. A silhueta “bemmmmmm” oval de Rocambole vale mais que mil kibes: “Pra mim, não!”.
A única, porém fundamental, burocracia pela qual tivemos que passar para fumar o beck foi: Como bolá-lo? Rocambole disse: “Deixa comigo!”. E ele bolou. E parecia uma embalagem de bala de coco caseira embalada por um mendigo-travesti pelado no inverno ucraniano com uma artrite crônica nos dedos em carne viva. O Rocambole era uma fraude! Ele sabia bolar mesmo era um ardil para justificar que, quando era “vegetariano” (Telmo: “Lá se vai a mata atlântica”), aquela bandeja atulhada de salsicha no seu aniversário de 20 anos era, na verdade, “salsicha de soja”. Fraude! Nossa sorte foi que o Gary Snyder estava com a mulher e o filho na barraca vizinha. Óbvio que ele não era o Gary Snyder. Ele sequer tinha ouvido falar em Gary Snyder. “Não, não to ligado.” Mas ele se vestia com trapos. E demorava uns dois minutos antes de pensar o que ia falar. Porém, ele era um artista na arte de bolar. Ele bolou. E depois desfez todo beck. E rebolou, não o quadril, mas o beck. Rebolou tranquilamente, passo a passo, no swingue. Redesfez (sic) o beck. E pediu ao Rocambole para rebolá-lo novamente. Rocambole rebolou-o com lentidão, suavidade, um javali na dança do ventre, bem lento, bem lento, “vai logo, Rocambole, caralho!”. E Rocambole rebolou-o. E parecia uma embalagem de bala de coco caseira embalada por um mendigo-travesti pelado no inverno ucraniano com uma artrite crônica nos dedos em carne viva. Rocambole era uma fraude! O simulacro de Gary Snyder rerebolou (sic) o banza. Rerebolou-o. (Sic.) Dessa vez com rapidez e extrema habilidade. Entregou-o e disse pra gente: “Na boa, galerinha, agora me deixem em paz”. E nós o deixamos. Fomos para bem longe. Saímos do camping. Fomos à praia sem qualquer luz artificial. Era noite. A lua não deu as caras. Estava tudo escuro. Era como viver no focinho de um labrador preto. Rocambole andava com uma caixa de fósforos meio úmida no bolso da sua bermuda jeans número 63 comprada na Loja da Fábrica Street Wear: sem cinto. Ventava muito. Para variar, tudo conspirava ao nosso favor. Eu, Nestor, Rocambole, Saulo e Falcãozinho, que veio escondido do irmão. “Falcãozinho, eu vou contar pra mãe se tu se mete nessas parada de maconha”. (Olha que ele conta mesmo.) Saulo vinha bebendo pinga vagabunda com refrigerante mais vagabundo desde o meio da tarde, mas ainda dava para entender o que ele tentava dizer: “Tá bom, Saulo, saquei, não precisa ‘tentar’ repetir”. “Valeu, Saulo, agora cala a boca!” “E aí, Saulo, que porra é essa? Para de passar a mão na minha bunda, caralho!” Rocambole demorou uns dez minutos para entrar em acordo com a ventania para usufruir de uma efêmera trégua para poder acender o beck. Ele acendeu e fez as próprias honras garantindo a si o tão almejado apetite cuja voracidade é proporcional a três gerações de famílias vikings ideologicamente onívoras. “Passa a bola, gordinho!” Saulo deu quatro pegas, depois saiu cambaleando na direção errada – “é pro outro lado, seu idiota!” – e gritou como se estivesse com a boca cheia de água e pasta de dente diluída “colo o boco, corolho, ogoro eu vo come oquelo filho do puuuto d’ filho do coooseiro, porro”, “se liga, Saulo, tu vai arrumar confusão com o pai da mina”, “iiiiiiii... molondroooo, se ele bolongo, eu como ele tooombém, e como o mooolher dele, e tooombém te como, seu filho dumo puto!”. Nestor deu três peguinhas e saiu, contrariado e mal-humorado, em direção à enorme fila do banheiro com chuveiro quente. Nestor não toma banho frio. Nestor não come peixe cru. Nestor não come peixe assado. Nestor só come peixe frito. Nestor não come frutas. E não come mulheres menstruadas. E não faz sexo sem camisinha. Falcãozinho deu cinco pegas – “caralho, chepinha, passa a bola, putinha!” – e depois ficou parado com cara de quem diz: “Ainda não acabei”. Putinha? Se Falcãozinho fosse uma mulher, ele seria uma putinha. Da pior espécie. Putinha interesseira. Putinha esnobe que não tem onde cair morta. A não ser que fosse cair morta sobre um pau circuncidado com uma coroa de diamantes em volta da cabeça. “Eu ia dar pra caralho e só ia sair com uns maluco com carrão cheio de neon e Mr. Catra e que usasse moletom da Billabong e camiseta da Sthill e calça da Element e chinelinho da Lui Lui.” Se Falcãozinho fosse um personagem de filme, ele seria Julia Roberts em uma Linda Mulher. Mas sem a doçura, as lágrimas e o romantismo. E sem o cabelo longo cor de fogo. E sem aquela boca gostosa. Só as orelhas do Topo Gigio e o cabelo do Casagrande (e a carinha do Casão). Nem uma mulher romântica gostaria de ser Falcãozinho se ele fosse Julia Roberts. Sim, ele casaria com o Richard Gere. Mas continuaria se prostituindo. Mesmo que se prostituir possa também ser entendido como dar de graça. Eu dei três pegas longos. Traguei, puxei, segurei e soltei. Eu passei a minha adolescência vendo os outros tragando, puxando, segurando e soltando. Eu já sabia o que devia fazer. E saí achando que ainda era imune aos encantos da maconha: E me dei muito bem.
Eu ri. Ri como nunca havia rido na minha vida. Ri enquanto as minhas pernas formigavam. Ri enquanto as minhas mãos formigavam. Ri enquanto o meu pau ficava muito duro. O meu pau ficou tão duro que eu poderia armar uma nova barraca. Uma barraquinha para um casal de filhotes de camundongo. Quando Gumercindo caiu dentro da caixa d’ água da casa do Falcãozinho para ver o Saulo comendo no chão do quintal da casa vizinha abandonada a ex-vizinha que pagava de cachorra mas que era uma vadia morta, eu não ri tanto assim. Quando Rocambole, na extinta Avelinos, ao ser questionado por uma japonesinha, com toda a educação, se ele sabia (“por favor, moço, o senhor sabe...”, ela falou deste jeito) onde vendia X-Salada, e ele respondeu que não sabia onde vendia x-salada, mas sabia onde ela podia encontrar um X-Linguição (“olha, X-Salada eu não sei, mas eu tenho aqui um X-Linguição.” “Ai, que nojo, moço.”), eu não ri tanto assim. Quando Saulo, ainda pivete, apoiado no parapeito, de costas para gente, da janela do quarto do Daniel, deu uma pirueta, colocou a mãozinha de futuro desentupidor de hímens no queixo e anunciou “Não me chamem mais de Saulo, agora eu sou o Shawn Michaels... Jr, (veja foto logo abaixo do verdadeiro Shawn Michaels), eu não ri tanto assim.
Quando Saulo e Firmezinha desceram o Sobre As Ondas de bike, e um menino com o rosto todo queimado e deformado pelo fogo pediu para o Firmezinha parar e perguntou ao Firmezinha “E aí, Firmezinha, cadê aquele colante da Rip Curl que tu ia me arranjar?”, e o Firmezinha respondeu “PÔ, Churrasquinho...”, eu não ri tanto assim. Quando Falcãozinho e Mumuca foram ao Raizzes (a balada era tão horrível quanto a grafia do nome), e eles... bem, deixa que o Falcãozinho conta: “Se liga, a gente tava lá, tá ligado, eu e o Mumuca, lá na entrada do Raizzes, aí duas mina ficaram olhando pra gente de longe, tá ligado, tipo aquelas funkerinha gostosinha com risada de piranha, e aí eu cheguei pro Mumuca e falei ‘ih, malandro, as mina tão desejando us menino’, e elas vieram andando na nossa direção, aí eu falei ‘Mumuca, vamo jogá essas mina no banco de trás e vamo comê elas lá no Bostrô’, e elas foram se aproximando cada vez mais, tá ligado, eu fui ficando com o pau durão, tá ligado, a mais baixinha tinha uns peitão, aí eu e o Mumuca ficava olhando pra elas e elas ficava olhando pra gente, bróder, tá ligado, tipo rolando a interação, aí elas pararam na nossa frente e a mais baixinha com uns peitão falou: ‘Que que tá me olhando, caralho!, to cagada?!’ Aí eu falei pro Mumuca: ‘Mumuca, vamo saí fora’”, eu não ri tanto assim. Quando Chulipa, homem que consegue chegar a trezentos quilômetros por hora na Imigrantes com um Honda Civic 2002 (“tem certeza, Chulipa?”), imitou à perfeição a reação de uma mulher que é currada pelo Black Mamba – “Vai, Mamba, vai, Mamba” - (veja a foto do Black Mamba logo abaixo), eu quase ri tanto assim porque foi engraçado pra caralho!
Talvez eu nunca mais irei rir assim. Como naquela noite de 6 de setembro de 2004 na Prainha Branca. Rir, na maioria das vezes, sem motivo algum. Rir junto aos meus melhores amigos. Chutando as portas dos banheiros para dizer ao Nestor “EU TO MUITO DOIDÃO, CARALHO!”. Rir ao ver o Nestor sair do banheiro com a toalha na cabeça se contorcendo de tanto rir e caindo de joelhos na atuante poça de lama que ficava em frente ao banheiro. Rir ao ver o desespero do Falcãozinho por não conseguir sentir absolutamente nada: “Caralho, seus filho da puta, cês não vão me ensinar como traga? Eu não sei tragar, caralho, eu não to sentindo nada, eu quero rir que nem vocês, me ensina aí, vai, por favor...” (Falcãozinho aprendeu a tragar. A maconha deu muito certo pra ele. Tão certo que certa vez, após mais uma edição generosa de Banza’s Night na casa dele, ele tentou fazer a T.V mudar de canal no interruptor do ventilador.) Rir ao ver o Saulo completamente despirocado: naturalmente, etilicamente e cannabissativamente. Dizendo que iria me comer. Dizendo que iria comer o Falcãozinho. Dizendo que iria comer todo mundo. Dizendo coisas incompreensíveis: “Vocês... o diabo... a grama... filho da puta!”, “Leonardo... eu ainda vou comer a tua bunda... caracol com chulé... Hitler está enterrado em Ilha Bela... cruz invertida... buceta de lhama... eu quero tomar leite condensado com Nescau... barriga de celulite... eu vou explodir o Mc Donald’s junto com o meu camarada Índio...” Rir ao ver a risada natural e sóbria de Telmo jogado na barraca absorvendo eflúvios alucinógenos enviados pelo ‘fofo’ do Donkey Kong no Game Boy. Rir ao ver Rocambole rindo e o Rocambole rindo ao me ver rindo e eu rindo ao ver o Rocambole rindo ao me ver rindo e eu rindo ao ver o Rocambole rindo e o Nestor rindo ao me ver rindo e eu rindo ao ver o Saulo rindo e o Saulo rindo ao ver o Nestor rindo e o Nestor rindo ao ver o Falcãozinho decepcionado e o Falcãozinho decepcionado ao ver o Rocambole rindo ao me ver rindo ao ver rindo o Saulo ao ver rindo o Nestor rindo ... Rir na cara séria do Falcão sem me dar conta do perigo de rir na cara de um futuro traidor dos próprios amigos. De um traidor que anos depois delatou o próprio irmão para a própria mãe. De um traidor que tentou delatar os próprios amigos aos próprios pais. De um traidor que maculou, talvez para sempre (vamos deixar o ‘talvez’ no ar como uma fumaça que insiste em não se extinguir) a Banzaland. De um traidor hipócrita que certa vez tive a infelicidade de dividir um beck.
FALCÃO: O JUDAS DE JAH!
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Saldo das três partes de MACONHA – Uma história de amor
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Pau: 7 vezes
Pênis: 1 vez
Pica: 1 vez
Pinto: 1 vez
Maconha: 15 vezes
Banza, Banza é Maconha: 3 vezes
Beck: 8 vezes
Teta: 13 vezes
Seio: 2 vezes
Punheta: 5 vezes
Caralho: 12 vezes
Sexo: 7 vezes
Transa no sentido de transar um sexo com alguém: 7 vezes
Comer no sentido de foder: 22 vezes
Foder no sentido de foder: 1 vez
Bunda: 10 vezes
Nádega: 1 vez
Estupro: 3 vezes
Vadia: 12 vezes
Suruba: 1 vez
Boquete: 1 vez
Puta: 11 vezes
Traidor: 6 vezes – todas elas referentes às atitudes de Falcão – O Judas de Jah!