segunda-feira, 13 de junho de 2011

2º. Round: Feministas Radicais e por quê, em casos excepcionais, bater em mulher pode ser benéfico à sociedade

















Elas estão sempre de canto, a cara amarrada, pálidas, unhas sujas e carcomidas, palitinho na boca, braços cruzados e macios como os do Alf, O Eteimoso, um dos joelhos dobrados e a sola do pé encostada na parede, regata-machão branca, um rolo de silver tape fazendo a vez de sutiã, cabelos curtos e mal aparados camuflados por bonés desbotados de caminhoneiro, coturno comprado na Galeria do Rock, corrente prateada de bolinha e o indefectível bucinho bem canalha (a propósito, muito parecido com o que eu esqueço que uso de vez em quando). Elas são mulheres, ou quase isso, e pegam mais mulheres que qualquer garanhão metido a Chiquinho Scarpa (até eu sou capaz de pegar mais mulheres que qualquer garanhão metido a Chiquinho Scarpa). Retificando, elas são mulheres, “nós somos mulheres, caralho!”, e pegam mais mulheres que qualquer garanhão metido a Ricardinho Mansur. Elas podem parecer o Jared Leto. Elas podem parecer o Zac Efron. Elas podem parecer o Leonardo Di Caprio. Elas também podem parecer o Teddy Boy Marino. No telefone, elas podem ter a voz do seu irmão mais novo. Ou podem ter a sua voz quando era mais novo. Elas podem ter a voz da Marília Gabriela. Ou podem ter a voz do Cid Moreira. Mesmo que seja difícil, elas podem se tornar suas amigas (garanto que você não vai querer nada além disso). Vocês podem jogar sinuca. Vocês podem se embebedar. Elas não pedirão o seu desodorante emprestado. Vocês podem paquerar mulheres juntos. Elas podem lhe dar dicas para encontrar o ponto G. Elas podem peidar na sua cara, vomitar no chão da sua sala, arrotar na cara da sua avó, interditar o seu banheiro e levar a sua namorada para a cama. Você não irá encontrá-las na próxima edição do Carnafacul. Você não irá encontrá-las no show da Simone. Você não irá encontrá-las no show da Angela Ro Ro . Você não irá encontrá-las no show da Ana Carolina. Você não iria encontrá-las nos shows da Cássia Eller. Você poderá encontrá-las nos shows do Krisiun. Você poderá também encontrá-las numa churrascada na sede oficial dos Abutres Moto Clube. Vocês podem até, quem sabe, encontrá-las estrelando um ensaio fotográfico antissensual no Facebook. Mas com toda a certeza você irá encontrá-las nos shows do Dominatrix.

Elas odeiam os que se intitulam machistas, embora sejam mais trogloditas que o machista que é capaz de decepar a língua do engraçadinho que ousar perguntar se ele é heterossexual. Elas são feministas radicais, caralho!. Elas não estão nem aí para os seus músculos, porra! Elas não estão nem aí para a sua falta de músculos, cacete! Elas não estão nem aí caso você saiba trocar uma lâmpada, merda! Elas não querem nem saber que você consegue carregar o botijão de gás cheio só com uma mão, cu! Elas não querem nem saber que você precisa de auxílio para carregar um botijão de gás vazio, frouxo! Elas não estão nem aí para o fato da sua barba ser áspera, cara de melão! Elas não estão nem aí para o fato de você ter pelos nas costas, cara de feijão! Elas pouco se importam que você corre na praia sem camisa, chato! Elas não querem nem saber que é natural para você comer a namorada por trás, loser! Elas têm tudo isso e elas conseguem, com os instrumentos certos, fazer tudo isso.

Aaaaahhhh, minhas queridas mulheres brasileiras, suecas, africanas, guatemaltecas, portuguesas, espanholas, italianas, argentinas, francesas, cubanas, gregas, russas, afegãs, norte-americanas, inglesas, australianas, esquimós, para elas, vocês não são mulheres porra nenhuma! Elas estão cagando mole para o requebrar dos seus quadris. Elas estão mijando em pé e bem amarelo para as plásticas dos seus narizes. Elas fecham os olhos e trançam os pelos do sovaco para os silicones dos seus seios. Elas estão coçando as micoses e acariciando as cicatrizes nos pulsos provocadas pelas brasas de Derby vermelho para as suas sardas abaixo da região do pescoço conquistadas graças aos bronzeamentos religiosos desde os cinco anos de idade no litoral norte. Elas catam piolho e comem a seborréia para as luzes dos seus cabelos. Elas coçam a xana e estrangulam um gambá rechonchudo para as suas depilações a laser. Elas comem as unhas e cospem terra molhada de urina de cavalo para as suas unhas Vermelho Ivete.

É estarrecedor, minhas queridíssimas mulheres, eu sei bem. Eu me faço as mesmas perguntas que vocês estão fazendo a si mesmas neste momento crucial. Qual é o problema em possuir as medidas e o sex appeal da Scarlett Johansson e curtir mulheres? Qual é o problema de uma mulher deliciosa levar a namorada deliciosa ao show da Roberta Sá? Qual é o problema de uma mulher lésbica e independente dançar como a Beyoncé, vestir-se como a Miley Cyrus e ler um romance do Nicholas Sparks? Porque, sinceramente, me incomoda ouvir uma mulher bradar que todos os homens são misóginos, que todas as mulheres que valorizam os seus atributos físicos são vazias, e que para ser uma mulher de verdade ela tem que ser uma sósia do Vin Diesel.
A próxima vez que encontrar uma Feminista Radical terei que dar uma bica, de Kichute, no meio das suas pernas. De baixo pra cima. Com o peito do pé. A intenção não é feri-la fisicamente, mas ideologicamente.

“Sofia? Sofia? Arnaldo!?” “Fala, porra, o que que tu qué, caralho!?” “POW! Mina, para de fingir que tá doendo, tu não tem saco e tem, como escudo de proteção, a juba do Nelson Triunfo entre as pernas!”